Paulo Climachauska
Modelo para Armar, 2011, Bienal de Curitiba, Parana, Brasil    
   
"Galpão Gaveta", 2015  Gaveta de metal pintada de laranja em tinta PU  50 x 40 x 9 cm
   
26 Bienal Internacional de São Paulo, 2004    
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CAB Contemporary Art Brussels. 2012.    
Oi futuro Flamengo, Rio de Janeiro, 2012    
   
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Formado História e Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Climachauska teve sua primeira exposição em 1991, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. “Apesar de ter me formado em História pela USP, esta experiência me serviu para comprovar que meu pensamento não consegue se estabelecer dentro de parâmetros acadêmicos… Tenho uma certa dislexia… que inclusive me leva a resolver estas questões não no campo da escrita, mas sim na materialização visual desta inquietude”, afirma o artista (no livro “Subtrações”, sobre sua obra).

Os trabalhos de Climachauska fincam raízes em seu fascínio pelas relações entre arte, economia e sociedade. Em suas pinturas mais emblemáticas, a linha não é um traço, mas uma sequência de números que formam uma equação matemática – a subtração. Muitas vezes, o desenho salta da tela e toma o espaço, como na Bienal de São Paulo de 2004, em que Climachauska recria, com subtrações, a perspectiva dos pilotis do prédio de Oscar Niemeyer.

Nos anos 2000 e 2010, o artista trabalha nas séries Projetos Modernos e Estado Vertical, ambas relacionadas com a arquitetura modernista brasileira. Nelas, as subtrações delineam fachadas e interiores de edifícios modernistas, como o Copan, em São Paulo, e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. “Por seu aspecto figural, talvez parecesse que essas imagens de arquitetura tivessem sido subtraídas em momento anterior à própria existência dos prédios. Não são plantas baixas, cortes, esboços, cálculos estruturais, renderings, etc., mas pontos de vista sobre o imaginário moderno”, escreve Paulo Herkenhoff, no livro “Subtrações”.

Na série Natureza Econômica, apresentada em 2014 na Lurixs, Climachauska segue conduzindo o espectador a refletir sobre as conexões entre o valor da arte e a sociedade. Desta vez, porém, não usa as subtrações, mas representações que ora lembram paisagens naturais, ora remetem a gráficos econômicos. Já em 2015, o artista se volta para a problemática da segurança e dos dispositivos de controle nas cidades. Na série Ronda Noturna, ele se vale de materiais como vidros blindados e espelhos para compor padrões geométricos que remetem a portões e grades de São Paulo.

Entre suas exposições, estão a 26ª Bienal de São Paulo, a 8ª Bienal de Cuenca e a 14º Bienal de San Juan, além de individuais no Moderna Musset (Suécia), no Project 01 (Alemanha), no Oi Futuro e no Paço Imperial (ambos no Rio de Janeiro). Suas obras estão presentes no acervo de importantes instituições e coleções, como a Pinacoteca de São Paulo, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Fundação Cartier e a Coleção Patricia Phelps de Cisneros. O artista vive e trabalha em São Paulo.